A Impossibilidade do Cálculo Econômico no Socialismo



Sem propriedade privada o Estado é único controlador dos bens, que não podem ser comercializados livremente, ou seja, de acordo com a vontade de cada indivíduo, segundo suas necessidades imediatas e futuras (acúmulo de capital, capitalismo).

Se não há comércio espontâneo, não há preços (preço é informação), pois estes indicam o que os indivíduos demandam ou ofertam. 
Dessa maneira não há como calcular a produção, não há como saber se houve lucro ou prejuízo, o quanto produzir, o que produzir, o quanto cada indivíduo necessita ou pode se privar em cada momento.

Somente o indivíduo sofre as consequências de se privar de algo para economizar, somente ele pode saber e sentir o que e como necessita. Somente este pode produzir controlando diretamente os desperdícios dos recursos.
Sendo assim, se não há preços, não é possível uma racionalidade na economia socialista. O cálculo econômico no socialismo é impossível.

Tudo é jogado ao acaso (ou no mero palpite), e isso explica o fenômeno da escassez onde todos esses regimes se intensificaram.
Ninguém está no controle do que necessita ou que pode trocar. Toda produção é distribuída de acordo com o que algumas mentes imaginam o que seja melhor para os outros. Mesmo pequenos desperdícios numa visão micro logo se agigantam numa perspectiva macro.

A economia não é estática, ela é dinâmica, é um movimento orgânico, interligado, onde não há espaço para qualquer indivíduo planejar e calcular um cenário complexo. Tudo a cada segundo está alterando a sua importância para cada pessoa e novas necessidades surgem a todo momento.

O mesmo fenômeno de gastos irracionais ocorre no Estado atualmente, porque este, em essência, é socialismo, pois não há controle individual dos recursos.
Nessa perspectiva, todos os estados são socialistas, apenas se diferem na sua intensidade de controle da economia. 

Mesmo na URSS, a maior parte da economia escapava do controle das autoridades, de certa forma até propositalmente, pois logo viram as contradições do sistema, que agonizou até cair de podre.
A propriedade privada é algo natural, o ato de apropriação é um fenômeno físico imparável dos seres. Não há Estado que consiga tamanho controle.

O Estado Socialista é uma máquina de destruição de recursos irresponsável. Seu modus operandi é predatório e parasitário. Suas vítimas são os indivíduos que produzem e trocam voluntariamente no mercado.

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