Estado Moderno


A Queda da Bastilha -  Jean-Pierre Houël (1789)


O Estado Antigo é fruto da evolução (como sinônimo de transformação para algo mais complexo e não para um estágio superior com destino final) do poder do indivíduo, seus domínios (propriedade privada) e seus laços de parentescos e alianças militares.

Nações bárbaras pagãs tinham laços de sangue. Já as mais desenvolvidas acabaram se universalizando através do cristianismo na Europa, o que já indicava drásticas mudanças nas comunidades, seus vínculos e valores.
Esse processo europeu de universalização diante de uma autoridade única (Deus/Igreja) acabou por influenciar, mais tarde, todo o mundo.

Após o enfraquecimento e obsolescência das monarquias (globalização e secularização), as comunidades se transformaram em repúblicas democráticas e suas estruturas hierárquicas se transformaram em pó, terreno fértil para demagogos e salvadores da pátria. É o nascimento do Estado Moderno.

A partir desse momento, o Estado se tornou um fator predominantemente destrutivo na sociedade. Deixou de possuir sua essência dos laços tradicionais, para simplesmente se transformar numa quimera pseudocientífica para administração altamente burocrática, centralizada e tecnicista da sociedade. As sociedades ficaram reféns de aventureiros e conchavos políticos imediatistas de irresponsáveis.

O mundo moderno e globalizado precisa de uma administração que acompanhe sua nova dinâmica intensa. O mercado é a única forma que consegue minimamente acompanhar as constantes mudanças e novas necessidades dos indivíduos interagindo entre si por todo o globo, pois a informação se encontra descentralizada na dinâmica dos preços e da criatividade de cada indivíduo.
É um mundo onde se exige mais responsabilidade e disposição do que simplesmente disciplina e obediência cega.

Para a melancolia de muitos, o mundo antigo acabou. O que sobrou foi somente a carcaça de uma antiga sociedade tribal, antes apoiada no obscurantismo da religião e culto romantizado dos antepassados.
Já os mega sistemas teóricos e burocráticos mal saíram do papel e logo demonstraram seu poder genocida destruidor.

A gravidade da realidade sempre acaba prevalecendo sobre as fantasias humanas.

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