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Coercão

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Gustav Bauernfeind - Sentinela na Entrada do Monte do Templo, Jerusalém Alguns, se não a maioria absoluta, dos defensores do que chamamos a grosso modo de "anarcocapitalismo", confiam demais na ideia de que o indivíduo realmente procura o que é melhor para ele.  Aparentemente, isso é um desconhecimento de obras mais alinhadas à Esquerda, que, apesar de estarem erradas num todo, possuem alguns grandes acertos específicos. A Esquerda, querendo ou não, tem uma gama vasta de temas abordados e conceitos interessantes. Sendo um tanto pessimista, o humano, em geral, é uma besta estúpida, seguindo muito mais influências do que a própria capacidade de raciocinar, de forma satisfatória, para discriminar o que é melhor a ele, mesmo em um curto prazo. Em longo prazo, esse problema tende a se agigantar. Boa parte de alguns efeitos nefastos atribuídos ao capitalismo pela Esquerda vem com base nessa esteira. Os indivíduos que compõe a massa, são como um movimento caótico,

Um Ceticismo Libertário

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Sebastiano Ricci - Diógenes de Sínope e Alexandre o Grande (1659–1734) Todos os problemas atribuídos ao capitalismo são meramente problemas da vida, da realidade.  Os popularmente alarmados, nada mais são que problemas oriundos da falta de liberdade de mercado, ou seja, da coercão Estatal, protegendo os "amigos do Rei", em detrimento da liberdade da população de associação. O maior problema do capitalismo e da realidade é pôr sua própria, curta e única existência em jogo, na tentativa de sobreviver com mais segurança, gerando mais recursos, mas correndo o risco de não lograr êxito e contrair grandes dívidas.  Portanto, para muitos, especialmente os menos talentosos, é aparentemente melhor se impor à força para não precisar contrair dívidas, para não ficar como um mal pagador incompetente que não mais possui reputação na sociedade, impedindo-lhe cada vez mais de novas associações, além de possibilitar possíveis punições. No mercado, alguém

Resistência Ao Capitalismo

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Henri Gervex (1848) O capitalismo não é uma solução e sim uma condição da realidade. O capitalismo possui ainda alguma resistência porque todos nós adoramos arranjar belas desculpas para não fazer o que se tem de fazer. O capitalismo tem seus limites, é verdade, porque recursos são escassos. Por isso, deverá haver disputa por eficiência na administração e produção de recursos, ou seja, capitalismo.

Privatização

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Architect Dream - Thomas Cole (1840) Há funcionários públicos que trabalham com funções essenciais para a vida em sociedade. Estes, via de regra, desde já estarão qualificados para conseguir emprego na iniciativa privada através de contratos com quem deseja gostaria desse tipo de serviço, numa eventual ausência do Estado monopolista dessas atividades. Há uma demanda natural por esses serviços.  Estes "servidores" se encontram geralmente em funções de execução, ou seja, são os que realmente trabalham. Os exemplos clássicos são policiais, médicos, professores e, em alguma medida, militares e juristas bem qualificados. A maior resistência contra a privatização não vem exatamente destes grupos e sim dos que encontraram naquela "teta" para se esconder do serviço fim, ou daqueles que exercem funções inúteis para a sociedade, em órgãos puramente de Estado, como fiscais, políticos, promotores e assistentes sociais.

Evolução, Estado e Capitalismo

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Joseph Mallord William Turner Rain, Steam and Speed - The Great Western Railway (1844) Sim, pode-se entender a propriedade privada como a gênese do Estado Antigo. A existência de um corpo é condição do privar o outro. Domínio, uso da força, se impor, defesa pré-ordenada. Hordas, tribos, cidades-estados, feudos, monarquias, impérios. Tudo concerne aqui a domínio, a controle, imposição e estratégia de defesa. A divisão do trabalho é fruto de períodos de relativa paz. Fora disso, é guerra bruta, primitiva. Posteriormente, a associação e divisão para uma maior produtividade do trabalho continua lado a lado da guerra, mas servindo sempre aos interesses das classes dominantes. Hoje, esta classe é complexa ainda persiste de forma não tão escancarada, dividida basicamente em quatro: militares, burocratas, politicos e grandes empresas protegidas da concorrência pela a legislação. As sociedades, ou seja, alianças de forma voluntária, sempre estiveram pr

Moralização do Estado

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L'innocence  - William-Adolphe Bouguereau (1893) Um sistema que dependa da benevolência humana está fadado ao fracasso. Agora, um sistema que depende das necessidades de cada indivíduo, na verdade, se chama realidade. A ideia de moralizar o Estado, como diria nossos "camaradas" do PCO, é coisa de esquerda pequeno-burguesa.

Coletivismo

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J.M.W. Turner - Death on a Pale Horse (1830) A cultura de não se respeitar recursos sinalizados como espaço de alguém poderia ser substituída pela cultura do completo desprezo por isso.  Nada seria privativo de ninguém, nem mesmo o próprio corpo.  Em alguns minutos, haveria uma liberdade absurda, mas todos viverão da mão para boca, se é que haverá muita coisa para por nela. Estado de pura subsistência imediata. Tudo de mais elaborado construído por indivíduos em associações e redes complexas estará a mercê de todos e se deteriorará rapidamente. Voltaremos à barbárie tão desejada na fantasia de pessoas ressentidas, indisciplinadas e imediatistas. Felizmente, o ser humano possui vontade, necessidades, inteligência e força, tornando essa proposta impossível.  A mera existência de um indivíduo supõe limitação a outro. Naturalmente haverá resistência e ações conflitantes, haverá defesa imediata ou pré-ordenada. O respeito não é uma escolha, é uma impo

Karl Marx

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Os Dois Erros Básicos de Marx: 1) Ditadura Socialista do Proletariado Não é preciso nem se aprofundar nisso, imagino. A própria história demonstrou com genocídios e tirania o absurdo que foi a alocação e desperdício de recursos onde isso foi aplicado. Além do mais, revoluções só revigoram uma casta dominante e de forma ainda mais violenta. 2) Teoria do Valor O valor está sujeito ao crivo de cada indivíduo, ou seja, é subjetivo. O valor, portanto, não é objetivo, não está na coisa em si, muito menos consiste no valor socialmente construído.  O trabalho é um meio para constituir valor à coisa, mas o valor está na finalidade que esta poderá ou não suprir, ou seja, totalmente sujeita à análise de cada indivíduo. É impossível gerenciar recursos de forma centralizada porque as informações estão dispersas na sociedade, sujeitas a inúmeras mudanças. Não há como definir, diante da rede complexa que é a economia, o que é adequado ou

Público, Gratuito e de Qualidade

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Luis Monroy - O Último Momento de Atala (1880) PÚBLICO, GRATUITO E DE QUALIDADE Os Supostos Benefícios dos Impostos Os supostos benefícios de impostos, moram na ideia errônea de que é possível taxar os mais ricos para oferecer serviços públicos aos mais pobres. No entanto, o que o senso comum desconhece, é que toda taxação recai sobre toda a economia, que mais cedo ou mais tarde todos pagarão o valor dos impostos que estarão embutidos em todos os bens e serviços disponíveis na sociedade. Sendo assim, os impostos prejudicam principalmente os mais pobres, pois aumentam o preço de todos os produtos, dificultando a vida das pessoas que trabalham com uma margem de dinheiro inferior, próximas à condição de mera subsistência. Como tudo se torna mais caro, é mais difícil que pessoas mais pobres consigam superar essa condição, dificultando-lhes competir, empreender e economizar. Todo imposto é um ato de agressão, é uma imposição e todo grupo de pe

Estado e Guerra

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A Intervenção da Mulher Sabina - Jacques-Louis David (1799) O que eu aprendi trabalhando no Estado? Estado é guerra, é estratégia de guerra. De maneira alguma o Estado se preocupa com o bem-estar do cidadão, a não ser quando lhe convém, para apaziguar a população dominada. Estado não tem que administrar nada, é só um sistema de guerra, dominação e mantenedor de uma elite ociosa. O ponto central de forma alguma se resume a quem vai regular o quê e sim quem se responsabilizará. A melhor forma que a história demonstrou uma melhora na qualidade das sociedade foi através de contratos e associações VOLUNTÁRIAS, ou seja, através da iniciativa privada. É nesse âmbito que cada indivíduo sofre as consequências de seus atos irresponsáveis. Não é necessário dissertar sobre o antro de impunidade que é o Estado. Estado sempre caminha a passos largos para uma completa tirania até colapsar, por isso necessita se reinventar sob novas bandeiras. É sua natureza, parasitária, mono

Eugenia e Racismo

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Existem raças, ou fenótipos distintos, e isso não é, nem de longe, algo insalubre ou enfraquecedor. Para existir uma raça, logicamente existem outras, a sua ideia contém a necessidade de diversidade. Todas as raças possuem adaptações para seus respectivos ambientes onde se desenvolveram e por isso possuem virtudes, como bem ficam destacados na cultura e no esporte. A ideia de preservá-las de forma arbitrária não tem respaldo nenhum na realidade. É algo impossível. A mestiçagem é algo espontâneo e um fator ínfimo, mesmo em climas extremos, para a qualidade de vida ou perpetuação de uma linhagem saudável. Portanto, o racismo eugenista não tem razoabilidade alguma, é apenas crença sem base alguma, puro obscurantismo. A diferenciação de espécies e raças é algo incontrolável. Já a eugenia, é um processo natural, mas também totalmente alheio à vontade humana. Discriminar, selecionar e julgar em algum grau, conscientemente ou não, é algo necessário para a sobrevivência dos

Propriedade Privada

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Thomas Cole - Aqueduct Near Rome - 1832 Vida é domínio real, ocupar espaço, conquistar o meio, se impor, controle. Isso é Propriedade Privada, ou seja, ter uma relação própria com algo e privar/limitar os demais disso. Até mesmo o mero fato de existir supõe impor limites no espaço. Digo isso, porque qualquer moralismo libertário ainda é no fundo um liberalismo, um fraquejar. Defender a propriedade privada como mais justa (no sentido moral) é uma piada, desnecessário, é se preocupar com algo totalmente alheio ao seu conceito.  A propriedade privada é uma realidade, por isso é impossível argumentar contra ela ou aboli-la. Tudo tem suas propriedades, seus domínios, sua força, seu espaço, suas influências. O que um Estatista faz se impondo é se apropriar, domínio, também é propriedade privada na raiz da questão. O problema com o Estado não é um problema para os que estão no seu comando e sim para os comandados. Se posicionar de forma realmente libert

Capitalismo Explorador?

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Alegoria da Riqueza de Simon Vouet Riqueza é a disponibilidade de bens (relações, reputação, tempo disponível, objetos, etc.) capazes de permitirem o indivíduo superar uma situação incomoda e precária. A força de trabalho apenas produz mudanças físicas no ambiente, porém a capacidade de transformar a natureza bruta em bens com essa qualidade é um ato que depende da introspecção individual , não só da cogitação do produtor de tais bens para disponibilizá-los para uma POSSÍVEL e INCERTA troca, como também da perspectiva do próprio consumidor, que pode dar destinação diversa a tais bens. É a destinação e a finalidade que o sujeito almeja que poderá transformar bens em riqueza. Isso se chama VALOR SUBJETIVO (sujeita ao crivo de cada indivíduo), o que derruba toda a teoria e prática marxista , que se baseia na ideia errônea de que alguém está extraindo mais-valia do trabalho alheio, como se este tivesse um valor objetivo, quantificável ou a priori, como se no merca

Caridade

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Caridade Romana - Pieter Pauwel Reubens Pessoas vulneráveis, em qualquer sistema, são vulneráveis, serão eternamente dependentes de outras. A questão é: qual sistema, ou atitude, proporciona maior riqueza e consequentemente os meios necessários para as pessoas que se importam com quem se encontra nessa condição poderem ajudá-las? Se não há tantas pessoas dispostas a ajudá-las, sem a coercibilidade estatal, com certeza não há razão para crer que as investidas do poder e privilégio estatais estão dispostas. Um cargo no governo não transforma ninguém em santo.  No entanto, se há pessoas que se preocupam e querem ajudar inválidos, deficientes, doentes e idosos, provavelmente não é necessário um Estado cobrando duros impostos dessas pessoas para, supostamente, através da sua máquina burocrática ineficiente e corrupta, ajudar os indivíduos nessas condições.  É óbvio que elas se organizarão voluntariamente e farão muito melhor por diversos motivos, como muitos já fazem, m

Democracia

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Stump Speaking -  George Caleb Bingham A ideia de Democracia é uma excrecência. É um desconhecimento sobre a natureza da vida, de como todo o cosmos se comporta. É um uma degeneração da civilização. Seus pilares são a estupidez e a demagogia. É onde todo o senso de proporção e valor se perdem em meio a um deserto de banalidade.

Aos Desavisados

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Simon Vout - Rainha e Escravo Direito é poder. Todo direito é uma conquista baseada na força. Direito não é algo metafísico, ético. É uma capacidade de agir. Direito nada mais é do que um privilégio a custa de outro. Esse é o seu real conceito, sem contorcionismo intelectual e perfumaria.  Sem a contrapartida de um dever de obediência, um direito é incipiente. O estado mais bruto do homem é o de qualquer animal, ou seja, miséria e guerra iminente.  Para todo bem é necessário força para conquistá-lo. Qualquer pessoa que levante a voz para exigir direitos não passa de uma criança mimada, de papagaio de pirata. Direito é imposição, é força, que só se concretiza através da coerção de uns sobre outros, exigindo-lhes determinado comportamento. É só uma palavra bonita para dominação. Direitos como se compreendem vulgarmente não existem. O que existe é o poder de império da vontade, hierarquizando privilégios numa determinada população. O cidadão comum sustenta os pr

Anarcocapitalismo

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Ser anarcocapitalista não é simplesmente defender o fim do Estado, é saber que este não é o que diz ser, ou seja, uma "expressão da vontade popular".  O Estado é uma máfia bem hierarquizada e sistematizada que coage e domina os indivíduos. É saber que o anarcocapitalismo já existe e funciona, ou seja, indivíduos trabalhando, economizando e fazendo trocas voluntárias, mesmo diante das recorrentes agressões e coerções estatais. O capitalismo, anarcocapitalismo, livre mercado ou simplesmente sociedade não é uma utopia, um lugar ou uma ideologia, ele é um fato da realidade. Não é nem de longe uma teoria ou um pensamento complexo. Muito pelo contrário, assusta por sua objetividade e clareza na crítica ao senso comum. Estado não é sinônimo de expressão popular, anarcocapitalismo já existe e funciona.

Estado Moderno

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A Queda da Bastilha -  Jean-Pierre Houël (1789) O Estado Antigo é fruto da evolução (como sinônimo de transformação para algo mais complexo e não para um estágio superior com destino final) do poder do indivíduo, seus domínios (propriedade privada) e seus laços de parentescos e alianças militares. Nações bárbaras pagãs tinham laços de sangue. Já as mais desenvolvidas acabaram se universalizando através do cristianismo na Europa, o que já indicava drásticas mudanças nas comunidades, seus vínculos e valores. Esse processo europeu de universalização diante de uma autoridade única (Deus/Igreja) acabou por influenciar, mais tarde, todo o mundo. Após o enfraquecimento e obsolescência das monarquias (globalização e secularização), as comunidades se transformaram em repúblicas democráticas e suas estruturas hierárquicas se transformaram em pó, terreno fértil para demagogos e salvadores da pátria. É o nascimento do Estado Moderno. A partir desse momento, o Estado se tor

Prudência e Ceticismo

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O Conto do Velho Marinheiro - Gustave Doré  (1876) Por que o libertarianismo é apenas uma visão de mundo e não um projeto de mundo futuro, ou seja, uma utopia? Humanos adoram se esconder nas saias de um tirano. O libertarianismo é a única atitude e conclusão racional sobre política e economia, mas o humano é uma besta estúpida na maior parte dos casos. Contra o poder desse mar de estupidez ainda não existe arma, a não ser dissimular diante dos loucos.  O libertarianismo serve como remédio para controlar essa loucura e não uma cura. A cura não existe. Sim, o mercado, o trabalho e a criatividade são as únicas formas de se produzir uma melhora real nas condições de vida das pessoas. Sim, a política é um barbarismo sem fim. Porém, o racional, o harmônico, o ordenado são elementos minoritários na natureza. O caos e o imediatismo do organismo humano acaba falando mais alto na maior parte do tempo, o que inclina os humanos à bestialidade da pol

Pecado Original

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Adão e Eva - Gustave Doré (1868) Antes de qualquer discussão sobre política ou economia, todo defensor do Estado (e não somente os que se consideram de Esquerda) deve argumentar a favor da maior capacidade de alguns para decidir o rumo da vida de outras pessoas (melhor do que elas mesmas, em todas as decisões cruciais diárias que a vida nos exige).  Admitindo-se que pudesse existir tais sábios, deve demonstrar que fomentar e aceitar tamanho poder nas mãos dessas poucas pessoas iluminadas não será mais prejudicial ou perigoso do que a soma dos erros individuais que cada pessoa possa cometer. Deve demonstrar que os atingidos direta e indiretamente por tais decisões não seriam capazes de se organizar de forma a se proteger de eventuais irresponsabilidades. Deve argumentar no sentido que somente e unicamente sob tutela de um soberano possa existir alguma forma de administração da vida. Quem passa batido por essas questões está fugindo do âmago da discussão. Antes di

Política

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Vincenzo Camuccini - La Morte di Cesare (1806) A Vida foi, é e sempre será luta por dominação, tanto dos recursos, como dos seus "pares". A verdadeira política é a dos impérios, dos reinos, da conquista. O Estado de Direito, como qualquer outra organização humana, é uma estrutura construída pela força e submissão. A Democracia é um teatro construído para encobrir e se blindar de um jogo de poder muito mais complexo e oculto. É "pão e circo" para o populacho. Qualquer um que abra a boca para defender a Democracia, o "povo", um bem comum, a moral, a igualdade, não passa de um hipócrita manipulador. Desconfie de quem te diga o contrário. O poder não tem freios, não tem consciência, não tem culpa.

Democracia e Socialismo

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Antonio Ciseri - Ecce Homo (1821) Democracia e Socialismo andam de mãos dadas.  Democracia, no fundo, é a ameaça ou uso da violência por um grupo supostamente majoritário contra todos os outros, caso estes discordem de suas decisões, impostas a todos. Quando alguém levanta a voz contra o Socialismo, mas inocentemente clamando por Democracia e em defesa de suas constituições totalitárias, como é o caso atual da oposição na Venezuela, onde a pandemia socialista se agigantou novamente, se vê o quanto a lavagem cerebral na população foi profunda. Contrato Social não existe.  O indivíduo que não se atentou para a real natureza tirânica e agressora do Estado, independente de sua bandeira política, ainda não passa de gado cego, obediente e manso. Ainda guarda em si um ranço esquerdista, uma inveja silenciosa de tudo o que é bom, forte, saudável. Somente a liberdade de associação de indivíduos em um livre mercado, para governança de forma privada e voluntária, ond

A Impossibilidade do Cálculo Econômico no Socialismo

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Sem propriedade privada o Estado é único controlador dos bens, que não podem ser comercializados livremente , ou seja, de acordo com a vontade de cada indivíduo, segundo suas necessidades imediatas e futuras (acúmulo de capital, capitalismo). Se não há comércio espontâneo, não há preços (preço é informação), pois estes indicam o que os indivíduos demandam ou ofertam.  Dessa maneira não há como calcular a produção, não há como saber se houve lucro ou prejuízo, o quanto produzir, o que produzir, o quanto cada indivíduo necessita ou pode se privar em cada momento. Somente o indivíduo sofre as consequências de se privar de algo para economizar, somente ele pode saber e sentir o que e como necessita. Somente este pode produzir controlando diretamente os desperdícios dos recursos. Sendo assim, se não há preços, não é possível uma racionalidade na economia socialista. O cálculo econômico no socialismo é impossível. Tudo é jogado ao acaso (ou no mero palpite), e isso ex

Inocência Estatista

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O maior equívoco que os defensores do Estado cometem é crer que pessoas investidas do poder estatal agirão de forma diferente de como agiriam em sua vida privada. Isso não é moralmente impossível, isso é FISICAMENTE impossível. Um indivíduo sempre agirá colocando seus interesses acima dos outros. Um gesto de bondade é um gesto da vontade individual de alguém que se sente melhor com isso, ou seja, é do seu mais espontâneo interesse. O sacrifício do servidor público é uma falácia. Ele age como qualquer pessoa age na sociedade, ou seja, buscando seus interesses.

Além do Bem e do Mal 2

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Caspar David Friedrich - Der Wanderer über dem Nebelmeer (1818) Tudo é apenas diferença, uma infinitude inefável, que nos transcende. O ruim ou o bom são só diferentes dinâmicas, de sinergia ou entropia de um organismo, intensidade ou degeneração. Não há instância última julgando nada. O maniqueísmo em nossa cultura é uma forma fraca de vida. Somos só mudança, movimento. Na infinitude do ser existe a nossa possibilidade. A cada momento tudo se transforma. Não há constância na existência. Em nossa memória somos estranhos de nós mesmos. Somos apenas um fragmento do cosmos cego, caótico e violento. Nossa visão, nossa experiência, nada mais são do que processos delimitados. Até mesmo a sensação de um "eu" é mais um movimento na estrutura do corpo. Nossa consciência é só parte de uma cena. Nada passa de um devir imparável e indiferente, que dança sobre o abismo. Este é o caos infernal que as religiões tanto tentam combater em vão. No

A Lei do Mais Forte

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Thomas Cole - Course Of Empire Destruction O Estado é a lei do mais forte. O Mercado só superará o Estado se os indivíduos estiverem em mãos de tecnologias superiores às dele, ou seja se for mais forte, mais eficiente, e não porque as pessoas entenderão que este lhes prejudica. Isso no máximo pode lhe fazer um grande estrago, mas não eliminá-lo por completo. A tirania do  Estado só acabará se outras formas de organização prevalecerem, se imponham. A lei do mais forte é uma determinada dinâmica que se estabelece em algum local. É a força de uma determinada sinergia, de um padrão de movimento. A forma hierarquizada de organização da sociedade se concentra mais, tem mais foco, apesar dos desperdícios periféricos. Os integrantes do Estado se protegem, mas sacrificam facilmente os mais subalternos ou os contestadores (especialmente os ambiciosos sem "costas quentes") do sistema para se manter. Porém, sua nata, sua base se mantém firme. A rede de indivídu

Direita

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Pedro Bruno - A Pátria (1918) É até natural que algumas boas pessoas que não entendem de política, economia e filosofia se alinhem à esquerda. Afinal, o sistema em que vivemos possui muitos vícios e a direita remete historicamente ao status quo , mesmo isso não sendo tão claro nos dias de hoje (muito pelo contrário por sinal). Aliás, pessoas ignorantes com relação a esses assuntos que se julgam anti-esquerdistas compactuam com os princípios mais repugnantes da esquerda, como a soberania do Estado com relação aos indivíduos, a democracia e uma desconfiança com relação à liberdade de mercado, oriundo da inveja e de uma falta de talento para prosperar numa economia mais competitiva.  Entre perder meu tempo discutindo com um inocente contestador de esquerda e um alienado de direita, prefiro o primeiro.